O dia estava estranho - ora cinza, ora azul. A rodoviária era de uma sujeira subjetiva. Não lhe agradava. Lugar onde pessoas desconhecidas vêm e vão todo instante. Queria estar longe dali. Na verdade, gostaria de estar longe de tudo e de todos. Poucos minutos tinham corrido, mas, pra ele, pareceram infinitos e incontáveis. Seu olhar era distante. Quando entrou no ônibus, continuava distante. Muito além do sujo vidro que preenchia a comum janela. Comum já vivera por tanto tempo. Era como tivesse vivido uma vida não sua. Sentia-se um estranho no seu próprio corpo. Talvez necessidade de provações. Mas, pra quem? Pra quê? Sem explicações. Naquele momento, tantos pensamentos embrulhavam sua cabeça. Estava perdido. Porém, um era mais pertinente: as diferenças que definitivamente (supostamente) havia entre ela e ele. Era como se procurasse uma balança para medir algo imensurável. Tudo indicava o óbvio. Mas, o amor era maior.
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me balança, me perturba.
ResponderExcluirsão tantas as questões, nestes instantes saio de mim e me pergunto " quais eram mesmo?".rs.
noutros caio em mim,e tudo se refaz.
por hora?
aquele teu silêncio...
Rodoviarias sujas sao um problema
ResponderExcluirGostei do seu blog, principalmente desse texto. por isso o elogio neste texto. Se vc puder me ajudar a divulgar meu blog.
ResponderExcluirLindo! Lindo!!!!
ResponderExcluirTem pessoas que só de pensar nela, a gente sente que o tempo fica mais ameno e dócil...
E quando a gente pensa e ler ao mesmo tempo esta pessoa aí o tempo definitivamente vira POEMA!
Palmas, adorei tudo de novo.
BjZ