13 de novembro de 2008

A trilha
Pela proximidade ao mar
Banhei-me de ilusão
Peixe de aquário
A ponto de me afogar
Nas profundezas da própria escuridão

No que parecia o último suspiro
O globo completou seu giro
Da lama começou a se afastar
Revelando a chama que mantinha
E acendendo as tochas pela trilha

O próximo oceano para mergulhar
Incandescente, alquímico
Com indizível força de atração
A partir do ponto onde os mares não se misturam...
Evapora a diferenciação

Todas as cores em uma só
Momento presente em todos os momentos
Quando ultrapassar a última fronteira
Tão distante da inicial poeira
Serão escritas as últimas palavras


Escrito em 18/09/2008

12 comentários:

  1. Lindo poema.
    De fato pensamos que muitas vezes ouviremos nosso próprio "último suspiro", e é aí que o mundo gira.
    Parabéns.

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  2. SEus poemass são ótimos.

    Parabéns !!!

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  3. Ahhhhhhhhhh estas suas rimas que eu adoro, e olha que vc sabe bem, que eu odeio rimas,rs.
    palavras suaves, palavras doces, palavras sinceras!

    Otimo Raaafa! :)

    Mil beijos

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  4. è tudo um grande cíclo, uma moenda feita em cíclo. abraço :)

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  5. ultimas palavras...
    humf...
    não gosto disso...
    rs
    bjinhosss

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  6. aaahh, adorei essa cara de "profecia"

    adorei o blog!

    beijo enorme..

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  7. Que delicia de poema...

    O meu problema é que mesmo longe do mar me banho de ilusão e logo depois sofro!

    Beijosss

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  8. Que poema!!

    Assim é a vida, onde um ciclo se fecha, mas outro se abre!
    Onde uma trilha termina, mas outra começa!

    Bjs e obrigada por suas sempre tão doces palavras no meu cantinho!

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  9. Cassetada brow,muito bom

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  10. Belas palavras, Victor!
    E quanto ao seu comentário, logo percebi um Platão!!
    Aliás, você tem uma veia filosófica muito forte! :-)
    Bjs

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  11. Me parece uma visão surreal da morte (lírica)e que acaba transposta pela própria força interior que só se descobre em situações extremas. Uma espécie de "Big Bang", um caos que gera a ordem... Adoro sua filosofia poética, viajo junto contigo nisso...
    Beijinhos!

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