23 de julho de 2008

O Grande Ditador
Pólvora, sinto seu gosto e sua fúria
Ao meu irmão e a mim feriu no peito
Um rio sedento de ambição e de lamúria
Conduziu a nação ao mesmo leito

No coração de ferro pulsa óleo
Comprado à custa de sangue humano
É o ouro negro das misérias
Entupindo-nos em ambiente urbano

Ruas mortas, acinzentadas
Hora do toque de recolher
A estupidez está armada
Em busca de glória e poder

Precisamos de força renovada
Não a mesma que faz sofrer
O amor é a evolução da estrada
Unindo-nos para verdadeiramente Ser


Inspirado no grande filme do mestre Charles Chaplin

17 comentários:

  1. Um poema que retine como as engrenagens enferrujadas de um mundo falido!
    Um poema empoeirado e cinzento.
    Um poema que suja as mãos como a pólvora do projétil disparado.
    Um poema que nos faz sentir o que propõe (acredite, isso é raro).
    Um poema escuro..que se abre triunfantemente numa ultima estrofe em espectro claro e reluzente.

    Mais uma obra fantástica.

    O blog tá favoritado também =).

    ResponderExcluir
  2. Fantástico, "...A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios... mais do que máquinas, precisamos de humanidade...
    preciso nem dizer o que eu acho né?
    um dia me verá dizendo tais palavras...
    abraço

    ResponderExcluir
  3. poesia muito interessante!
    não quero cometer uma heresia, mas me fez lembrar vinícius e a rosa da segunda guerra! tudo nas suas devidas proporções claro!
    não tem melhor elogio que isso!

    até mais!

    ResponderExcluir
  4. Victor,

    pense que quando assisto filmes assim, sinto meu peito fenecer... como pode o ser dito humano ser tão cruel e capaz de crer que a amargura ácida da violência é realmente o melhor caminho, se apenas o amor demonstra força e amadurecimento?
    Quando amamos aceitamos as diferenças, mesmo que elas nos doam... e temos a humildade de expor nossas fraquezas, nos tornando ainda mais fortes...

    Beijos (Des)conexos!;)

    ResponderExcluir
  5. maravilhoso
    como a dor mostra q ainda estamos vivos

    Selene Valdragon

    ResponderExcluir
  6. opa
    gostei bastante do teu blog
    achei até a temática e a forma de escrever um pouco parecida com a minha no blog "literalmente falando"
    sucesso

    ResponderExcluir
  7. É um dos meus filmes prediletos...
    Belíssima inspiração!
    Grande abç.

    ResponderExcluir
  8. VICTOR
    Vim retribuir a visita e comentário. Teu blog é impressionante. Ótimos textos, poesias, conteúdo, intensidade.... Gostei bastante.

    Linkatus est.
    Beijucas

    ResponderExcluir
  9. Seria este filme " O operário"? lembro que ainda criança ,achei engraçado ao assistí-lo na escola, na cena em que o Chaplin saia apertando com a chave todos os botões que encontrava. Mal sabia eu quão importante era a mensagem que ele transmitia...merecidamente homenageada em uma bela poesia

    ResponderExcluir
  10. Perfeitooo...
    as vezes sentir a dor
    é a certeza que estamos vivos!
    Adorei o blog com certeza a parti de hoje estará nos meu favoritos!
    Abração!

    ResponderExcluir
  11. penso que a estupidez já tomou o poder...mas me sinto confusa por pensar assim, pois me lembro de Dostoiévski em notas do subterrâneo quando ele diz "Suponhamos, senhores, que o homem não é estúpido, porque se fosse, quem então seria inteligente?"
    quem, então, seria inteligente? Os mesmos que são estúpidos...A vida talvez seja isso, não é? inteligência utilizada estupidamente.

    muito bom blog e poemas...
    bjos.

    ResponderExcluir
  12. O mundo segue em sua mecânica que faz sofrer, sofrimento desnecessário e gerado por nós, que queremos o que é mecânico. a vida se torna cada vez mais densa e pesada e o pior na situação e que se busca à saida justamente no que é pesado igualmente. Assim, as coisas, a realidade que temos afunda gradativamente num poço mais e mais complicado.

    Nós fazemos um mundo que não deve ser.

    Grande texto.

    Abraço,

    João.

    ResponderExcluir
  13. Poema inteligente, gostei!
    Fiz o blog no dia do sarau...eu não tinha blog há mto tempo...vamos ver se perdura! hehe...ah eu vou add o blog de vcs quando eu descobrir como faço isso, tempo sem blog.. perdi o costume! beijos

    ResponderExcluir
  14. É isso aí!
    Ainda que o tempo seja de aço (as vezes) deixem que pássaros de espuma cantem nas nossas janelas...

    Vocês há muito são meus favoritos!
    Parabéns pelo blog e que a poesia continue bordando estas almas de renda...

    BjZ

    ResponderExcluir