1 de setembro de 2010

Ausência

O silêncio observa a distância de um vazio que dói
Não constrói
Me jogo esperando
A vertigem da pedra que cai, se desfaz
Quero cair morro abaixo
Sem laço
No trato um afago
Espera! Que do chão não passa
Mas faz de conta que passa
Toda vida uma queda
Morro acima, morro abaixo
Pé de serra, beira mar
Alto, enfim profundo
Letra muda que vai
Se perdendo nas rochas, nas chuvas de saudade
Veneza que a certeza afundou



Este poema foi escrito agora pouco em parceria com Eddy Andrade

Um comentário:

  1. Poema muito bonito, daqueles que passam um filme na cabeça da gente, gosto de poemas assim.
    Fiquei muito feliz quando li seu comentário, Victor. Que bom ter a marquinha de um poeta lá.

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